Nota de repúdio ao escritor Márcio Souza

A Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo, seção Amazonas (Abbtur –AM) em nome de sua diretoria e associados, vem a público repudiar o teor preconceituoso e ignorante (por abordar tema do qual não tem conhecimento) do artigo “Nada se compara a Manaus” do escritor Márcio Souza, publicado no jornal A Crítica de 3 de abril de 2011.

É lamentável como o respeitado jornalista e escritor, um crítico contumaz das mazelas que ocorrem em Manaus e no país pôde cometer o erro primário de falar sobre algo de que não detém conhecimento (e sequer investigou a respeito) quando comenta “...Por aqui estão querendo oficializar a profissão de turismólogo, seja lá o que venha a ser isso”.

Ao fazer infeliz comentário, o escritor se inclui entre muitos brasileiros que desconhecem a importância da diversidade de profissões para o crescimento do país, já que elas se complementam. Comete outro pecado ao tentar classificar em grau de importância essa ou aquela formação profissional. Uma tola discussão. Já superamos essa fase.

Tentar desmerecer a luta justa dos turismólogos pela regulamentação de sua profissão não é o melhor caminho. Quem em sã consciência gostaria de ser um sem-profissão? Se o cidadão Márcio Souza, que é formado em Ciências Sociais, não tivesse a sua profissão reconhecida pelo governo brasileiro, não estaria então lutando para que a reconhecessem? O arcabouço legal existente é a base norteadora de nossa sociedade, e uma profissão regulamentada garante direitos para o profissional por toda a sua vida.

Sugerimos que o conceituado escritor releia seu texto e faça uma reflexão. Um pouco de humildade não faz mal a ninguém e equívocos acontecem. Difícil é ter a hombridade de reconhecer.

Reafirmamos e reconhecemos a importância da contribuição do legado literário do renomado escritor, no entanto, repudiamos veementemente as declarações concernentes aos turismólogos de seu texto, que consideraremos um “deslize” em sua tão rica biografia.

Como lição para nós (estudantes e bacharéis em turismo) fica a certeza de que a luta é árdua, teremos de derrubar tabus e preconceitos, ao mesmo tempo em que mostra a necessidade de nos unirmos ainda mais pela aprovação do projeto de lei 290/2001, em tramitação há dez anos no Congresso Nacional, que regulamenta a profissão de turismólogo no Brasil. Façamos a nossa parte!